Quais são os tipos de azeite italiano?

Quais são os tipos de azeite italiano?

Se tem algo que a Itália sabe fazer é azeite! O azeite italiano é um dos mais celebrados do mundo inteiro e é, de fato, um produto muito especial. Hoje trago um post pra lá de especial e que, com certeza, vai te dar água na boca! Hoje vamos saber: Quais são os tipos de azeite italiano? Fique com a gente e faça o melhor do país da bota! Aqui no Viajando para Itália você realiza a viagem dos seus sonhos!!! Conheça também nossa Seção Hospedagens na Itália – Dicas para suas Férias!

Nossa Introdução

Quem cozinha sabe que um bom azeite pode mudar todo o sabor daquela receita especial, e se tem algo que os italianos valorizam, fazem bem, e AMAM é o azeite! Hoje iremos mergulhar no mundo do azeite italiano e desvendar o motivo de termos um produto de primeira qualidade, saboroso, e único!

Qual é a origem do azeite de oliva?

As origens do azeite perdem-se nas brumas do tempo, é lógico! Porém, a primeira evidência do uso do azeite data de 4.000 a.C., na área da Armênia e da Palestina. Naquela época o azeite era usado como unguento para hidratar a pele; era também usado para alimentar as lamparinas, e utilizado como remédio, o azeite ainda não era usado como alimento da forma como o conhecemos hoje.

O que é o azeite de oliva?

O azeite é o sumo obtido por prensagem do fruto da oliveira, a azeitona – chamada cientificamente de Olea europaea – por processos mecânicos – a pressão da azeitona – ou outros processos físicos como lavagem, decantação, centrifugação e filtração, em condições térmicas controladas.

O azeite é um produto natural e é um dos símbolos da famigerada dieta mediterrânea. A Europa, para proteger sua qualidade superior, determina que cada lote de azeite produzido e comercializado no continente, deve obedecer a rígidos parâmetros estabelecidos pela Comunidade.

Regulamento 2568/91

Os parâmetros, determinados por meio do Regulamento 2568/91 (e suas alterações posteriores), fazem parte da classificação comercial dos azeites. São essas determinações, que devem ser impressas no rótulo, que orientam os consumidores e atestam a origem do produto.

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Como é feita a classificação do azeite de acordo com o regulamento europeu?

A União Europeia classifica o azeite com base em três elementos básicos: o tipo de extração com a qual o azeite foi obtido, sua composição – incluindo a percentagem de acidez livre (parâmetro medido por análise química), e uma análise organoléptica, ou seja, as propriedades percebidas por nossos sentidos: olfato, visão, paladar e tato; logo são analisadas no azeite sua cor, seu brilho, sua transparência, sua textura, seu odor e, evidentemente, seu sabor. Assim temos a seguinte classificação:

1) Azeite Virgem

Podendo ser: azeite extravirgem, azeite virgem ou azeite Lampante.

O mais puro azeite de oliva. Isso porque para entrar nessa categoria, o azeite não pode ter sofrido nenhuma alteração que não tenha sido lavagem, decantação, centrifugação e filtração. Também são considerados “virgens” de acordo com a sua acidez livre, que é o valor expresso em percentagem de ácido oleico, ou seja, o tipo de ácido de gordura predominante no azeite.

O aumento da acidez livre também determina uma série de modificações que levam à formação de componentes, provocando um agravamento das características organolépticas do azeite. Resumindo: quanto menos ácido um azeite é, melhor classificado ele será.

Os parâmetros para Classificação dos Azeites

Na classificação dos azeites extravirgens os parâmetros perfeitos são:

Azeite Extravirgem

Apresenta características organolépticas superiores, é isento de defeitos, possui acidez livre, expressando seu ácido oleico que não excede 0,8 gramas por 100 g (≤ 0,8%).

Azeite Virgem

É caracterizado por uma acidez livre, expressa em ácido oleico, que não passa de 2 gramas por 100 g (≤ 2%).

Azeite Lampante

Caracterizado por pequenos defeitos organolépticos com uma acidez livre elevada podendo ser superior a 2 gramas por 100 g (> 2,0%).

Curiosidade…

O azeite lampante recebeu esse nome, pois antigamente era esse o óleo utilizado para acender lamparinas! Apesar de sua antiga função, este é um produto que apresenta diversos componente naturais que fazem muito bem para nossa saúde como ácidos essenciais, vitaminas, e agentes antioxidantes.

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2) Azeite Refinado

Este azeite é obtido da refinação do azeite virgem. O óleo passa por um processo industrial que reduz sua acidez e é capaz de eliminar as substâncias oxidadas. Seu teor de acidez livre, expresso em ácido oleico, não ultrapassa o valor de 0,3 gramas por 100 g. Depois de ser refinado, não apresenta alteração drástica no sabor, porém, para ser embalado, deve ser “equilibrado”, ou seja: misturado com azeite virgem ou extravirgem.

3) Azeite feito de azeites virgens

Esse tipo de azeite é composto da mistura entre azeites refinados e azeites virgens. Apresenta um teor de acidez livre, expresso em ácido oleico, não superior a 1 grama por 100 g. Não há regulamentação que determina o percentual mínimo de azeite virgem ou extra virgem a ser combinado com o refinado; normalmente os produtores usam 30% de azeites refinado  e isso faz esse óleo ter um sabor muito agradável ao paladar e ser, nutricionalmente, impecável.

4) Azeite de bagaço bruto

Esse é um óleo retirado do bagaço de azeitona e é obtido a partir dos resíduos sólidos da prensagem dos frutos. Isso inclui pele, polpa e caroços, denominado bagaço, que mesmo após a prensagem, ainda apresentam um “restinho” de óleo. Ele é extraído com um solvente e a mesma tecnologia aplicada para a produção de óleos de sementes; após o processo, o solvente é separado do óleo através da destilação.

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5) Azeite de bagaço refinado

Essa é um azeite obtido a partir do processo de refinação do azeite de bagaço bruto que tem a acidez reduzida e a eliminação de substâncias oxidadas.

6) Azeite de bagaço de azeitona

E por fim, temos o azeite de bagaço de azeitona, que é, na realidade, um óleo obtido a partir da mistura de outros dois azeites: o azeite de bagaço refinado com o azeite virgem.

Curiosidade…

A denominação EVO nada mais é do que a sigla em inglês para Extra Virgin Oil, ou seja, azeite extravirgem.

Como é feita a degustação de um azeite de oliva?

O primeiro passo é colocar um pouco de azeite em um béquer de vidro, cobrindo com uma mão, enquanto se gira segurando o béquer com a outra. Isso serve para aquecer levemente o azeite e, assim, fazer com que ele libere todos os seus aromas. É essencial cobrir o copo para evitar que as notas aromáticas se dispersem no ar.

Após aquecer o azeite, é necessário cheirar o óleo

É necessário alternar inalações curtas com outras mais profundas para se obter o máximo do aroma que o azeite solta. O aroma perfeito deve ser equilibrado e agradável.

Após esse processo começa, de fato, a degustação!

Coloca-se o azeite perto dos lábios, sugando o ar suavemente, e depois com mais vigor, para vaporizá-lo na boca; depois basta colocar um pouco do óleo na boca, fazendo ele entrar em contato com as papilas gustativas e, por via retro nasal, com o bulbo olfativo.

Para sentir o sabor residual do óleo e perceber sua consistência e fluidez, deve-se reter o azeite na boca por alguns segundos, enquanto se move lentamente a língua contra o palato, inspirando o ar novamente, sempre com os lábios entreabertos.

Esta fase termina com a expulsão do azeite da boca!

Não! Não ingerimos o produto! Quando você tirar o azeite da boca, deve-se mover a língua para notar as sensações retro olfativas que persistem na boca. Claro que o ritual acima se trata de uma degustação profissional, para quem é profissional, minha sugestão para saber se o azeite é bom é tacar no pãozinho! Saboroso? Gostoso? Te agradou? Então é ótimo! Hahahahaha…

Curiosidade…

Em uma degustação o ideal é provar não mais do que quatro amostras de azeite; entre um e outro, para limpar o paladar e evitar sobreposições de sabores, deve-se beber um pouco de água com gás ou comer uma fatia de maçã.

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Quais as maiores regiões produtoras de azeite na Itália?

Assim como o vinho, todas as regiões produzem seus próprios azeites, no entanto, algumas, merecem destaque como Sardenha, Calábria, Sicília, Campânia, e o bem sucedido consórcio entre Vêneto, Lombardia e Trentino, que desmistificou o fato de que somente o sul italiano sabe oferecer um bom azeite!

Dica de Ouro: faça o turismo do azeite na Itália!

O azeite de oliva é tão importante para a Itália que há um site totalmente dedicado ao turismo do azeite! Não, você não leu errado: existe o turismo do azeite no território italiano! Nesse site você tem acesso aos eventos relacionados ao azeite que acontecem por toda a Itália, além de diversas informações sobre o produto! Para saber mais, CLICA AQUI!

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Como consumir o azeite de oliva?

O azeite extravirgem de boa qualidade é excelente em uma simples fatia de pão torrado, por exemplo! O azeite “nasceu” para ser usado cru, em toda sua simplicidade, e pode ser usado em diversas receitas.

Um exemplo clássico de seu uso em receitas tradicionais é a utilização do azeite no Pesto Genovês

A receita é muito simples e leva somente azeite, folhas frescas de manjericão, alho, pinhões, parmesão, queijo pecorino e uma pitada de sal grosso: e fica um espetáculo! Outra receita clássica a base de azeite é o macarrão alho e óleo, que na Itália é o “aglio e olio”: olio, em italiano, quer dizer azeite!

O azeite pode ser usado para finalizar sopas também, assim como risotos, e carnes:

Um fio do produto na hora de servir e você terá um sabor muito especial no seu prato! Você também pode usar o azeite para dar mais sabor às saladas, claro!

Que tal saborear com queijos?

E pode também saborear com queijos, por exemplo, queijos de leite de ovelha como o pecorino, ou outros queijos envelhecidos e semi-envelhecidos.

Sabia que podemos usar o azeite, inclusive, em sobremesas?

Algumas  sobremesas assadas podem ser preparadas com um bom azeite, isso dá ao doce um sabor muito especial e aveludado. Você pode também substituir a manteiga na hora de fazer uma massa de torta, por exemplo: o doce ganha um sabor único!

E agora uma dúvida comum que não quer calar: pode-se aquecer o azeite de oliva?

PODE! É mito quando dizem que ‘não’, porém são necessários alguns cuidados como ficar atento ao ponto de fumaça do óleo, ou seja, à temperatura a qual você vai submeter seu azeite. Isso porque se você aquecê-lo demais, você pode oxidar o produto e degradá-lo, fazendo com que ele libere substancias tóxicas (mas inócuas) como a acroleína.

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Quais são os melhores azeites italianos?

Os azeites vendidos por pequenas lojas artesanais são, normalmente, imbatíveis! O grande problema é que nem sempre é fácil de encontrá-los, pois eles não são engarrafados em grande escala, mas há uma boa notícia para os amantes dos azeites: aqueles encontrados nos supermercados são, geralmente, excelentes e, por isso, trago uma pequena lista com 10 rótulos com alguns dos melhores azeites para te orientar na hora de comprar o produto nos supermercados italianos.

1. Monini Bios – 8,34 euro
2. Clemente – 9,32 euro
3. Carapelli Bio  – 8,14 euro
4. Podere del Conte (Rede Eurospin) – 4,79 euro
5. Carapelli il Frantoio – 5,41 euro
6. DeSantis 100% italiano – 6,13 euro
7. DeSantis Classico – 4,43 euro
8. Conad Verso Natura Bio – 5,73 euro
9. De Cecco Classico – 5,64 euro
10. Carapelli Oro Verde – 8,90 euro

Onde comprar?

Não há muito segredo: nos melhores supermercados italianos de todas as cidades italianas, inclusive nas cidades menorzinhas! Aliás, anote a dica: não deixe de dar atenção para as marcas próprias dos supermercados, pois muitas delas contratam grandes empresas para produzir seus azeites e alteram, somente, a etiqueta, ou seja: a qualidade é indiscutível!

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Conclusão

Quais são os tipos de azeite italiano? Quando falamos de azeite é impossível não nos lembrarmos dos preciosos azeites italianos! Saborosos, os azeites produzidos na Itália são muito especiais!

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