Bate e volta a partir de Roma: Cerveteri
Cerveteri, no Lazio, possui uma história muito antiga e, de acordo com o testemunho do historiador Heródoto, a antiga cidade etrusca de Caere (que se tornou Cerveteri), lutou em 540 a.C. contra os colonos gregos na batalha do mar da Sardenha; sabendo disso, já sabemos que estamos indo para uma cidade repleta de história e cultura, não é mesmo? Pois é! Então, hoje, vamos conhecer melhor Cerveteri. Fique com a gente e faça o melhor do país da bota! Aqui no Viajando para Itália você realiza a viagem dos seus sonhos!!! Conheça também nossa Seção Hospedagens na Itália – Dicas para suas Férias!
O que visitar em Cerveteri?
Com essa herança cultural e histórica é evidente que a cidade há muito a nos oferecer. Vamos começar nosso passeio por duas importantes igrejas, entre as tantas que ficam na cidade: a Igreja de Santa Maria Maggiore e a Igreja de Sant’Antonio Abate. Conheça nossa seção de bate e volta pela a Itália!
Igreja de Santa Maria Maggiore
Uma das principais igrejas da cidade, e também uma das mais antigas de toda a Itália, é a Igreja de Santa Maria Maggiore. Segundo estudiosos ela foi construída sobre os restos de um templo etrusco e passou, ao longo dos anos, por diversas obras de restauração. Sua grande transformação ocorreu por volta de 1100, quando foi adaptada ao atual estilo românico e equipada com uma torre sineira. Em 1231 seu piso foi reformado por artistas toscanos; as alterações posteriores foram feitas a pedido dos príncipes de Ruspoli, proprietários do feudo, entre 1719 e 1760, quando foi construída a passagem que ligava o edifício real à igreja. O aspecto atual é parecido com o original graças às restaurações realizadas em meados dos anos 1900. Leia também nosso Post especial sobre Onde encontrar passagens baratas para a Itália!
Igreja de Sant’Antonio Abate
Já a Igreja de Sant’Antonio Abate foi construída por volta de 1100 com uma fachada simples e um campanário no topo. À primeira vista, não parece ser encantadora, mas, acredite: é esplêndida! Há quem defenda de que a construção original fazia parte de um complexo monástico maior, do qual infelizmente não restam muitos vestígios. Ao longo dos séculos a igreja foi afetada por diversas reformas, mas sua grande beleza está em seu interior: os afrescos conservados ali foram feitos em diferentes épocas e entre os mais antigos estão os que datam do século XIV, que ficam à esquerda da abside e onde estão representadas cenas do Novo Testamento. Entre eles merecem destaque: Ecce Homo, a Flagelação, a Crucificação e a Deposição. Leia também nosso Post Especial Como Planejar uma Viagem para a Itália?
Saindo dali, siga pelo Centro Histórico. O centro histórico atualmente visível tem predominância da Idade Média e ocupa apenas uma pequena porção dos planaltos Vignali, onde ficava o Caere etrusco. O feudo presente ali pertenceu às famílias nobres dos Crescenzi, dos Orsini e, claro, depois dos Ruspoli, cujos destinos, desde a Idade Média até o Ressurgimento, se entrelaçam com os acontecimentos dos papas, soberanos do estado da Igreja e também árbitros da poder temporal. A necessidade de se defenderem dos ataques dos sarracenos e de seus inimigos levou os senhores a construírem uma fortaleza, que tinha seu castelo centralizado com torres de observação e passarelas.
O Castelo de Cerveteri (abriga o Museu Etrusco)
O castelo, claro, é uma das atrações turísticas mais famosas da cidade e é, sem dúvida, incrível! Aqui viveram os Venturinis, que dominaram Cerveteri entre 1290 e 1440 e foram os responsáveis pela restauração da fortaleza e das muralhas do local. A fortaleza do século XIII é mostrada com as ameias típicas dos castelos medievais e foi construída com tufo, lava e tijolos. Destacam-se uma torre poligonal, uma elegante torre circular com ameias e, mais isolada, a torre do relógio. O castelo passou por diversas reformas e, atualmente, abriga uma preciosidade: o Museu Etrusco, onde você pode admirar preciosos artefatos encontrados nas escavações feitas na área.
O Museu Etrusco
O Museu Etrusco é parada obrigatória para os amantes da história etrusca. O Museu Etrusco, também conhecido como Museu Cerveteri, foi inaugurado em 1967. O museu nos oferece peças incríveis. A visita começa do lado direito da entrada e, aqui, você já pode observar algumas peças da época da ocupação Villanovan, com destaque para a sepultura de Sorbo que fica no chão. Na sala superior você pode observar uma série de sarcófagos helenísticos encontrados na Tumba da Tasmie e na Tumba do Sarcófago. Ao lado desses artefatos, fica a seção de placas pintadas no templo de Hera além de uma esplêndida estátua de Caronte da necrópole de Sant’Angelo. Para comprar ingressos e saber os horários de funcionamento, você pode acessar este site!
ATENÇÃO:
- Os horários de visita podem sofrer alterações, sem aviso prévio, de acordo com as estações do ano, portanto, verifique os horários antes de comprar os ingressos.
Mapa 01 com as Atrações em Cerveteri
As Necrópoles de Cerveteri
Desde o século IX a.C. até a dominação romana, a necrópole de Cereto circundava completamente o planalto em que a cidade se erguia. A extensão da necrópole, com cerca de 450 hectares, perde somente para as necrópoles egípcias. As maiores necrópoles presentes aqui são as de Banditaccia – que é a única aberta ao público, e a de Monte Abatone. Aqui você encontra os milhares de túmulos com seus diferentes estilos que testemunham a evolução econômica, cultural e religiosa da cidade. Aqui podemos ver a arquitetura funerária que visava a busca constante de assimilar os túmulos a casas, onde, de acordo com crenças etruscas da vida após a morte, o falecido continuava com sua vida normal, em ambiente familiar mesmo depois de falecido. Por isso eles colocavam nos túmulos diversos objetos pessoais e alimentos.
O símbolo da necrópole
O símbolo da necrópole do Cerveteri é o túmulo, uma estrutura circular obtida a partir do tufo com um acúmulo de terra acima dele. Na Idade do Ferro, entre o século IX e o século VIII a.C., a cremação dos mortos era generalizada e as cinzas eram colocadas em urnas, para serem enterradas em orifícios cilíndricos escavados no tufo. No ritual fúnebre, a cremação logo substituiu o enterro e já a partir do início do século VII a.C., após uma primeira fase caracterizada por sepulturas em fossa única, surgem os primeiros túmulos com base circular em forma e câmaras.
Um pouco mais sobre as necrópoles
Os princípios etruscos eram de ostentarem sua riqueza alcançada em vida com a construção de montes monumentais imensos e com plantas interiores complexas. O florescimento máximo da civilização etrusca é alcançado no século VI: na necrópole a arquitetura funerária reflete esse período áureo com túmulos de grande requinte em seus interiores, bem como áreas externas ricamente decoradas, onde os túmulos eram diferenciados por sexo, classe social e diversas decorações ao longo das paredes como escudos em relevo, colunas com capitéis, pinturas decoradas, tetos canelados e paredes embelezadas, também, com pinturas e ornamentais.
A necessidade de uma distribuição planejada dos espaços nas áreas sepulcrais surge a partir do século VI a.C., e foi nesse momento onde a construção de túmulos em forma quadrangular, chamados de túmulos cúbicos começaram a ser dispostos em fila única. O declínio político-econômico dos séculos V e IV a.C., associado a novas crenças religiosas baseadas na mitologia grega, foi claramente refletida na necrópole. A tumba assume uma impressão puramente funcional e passa a ser uma espécie de “sala de espera” para a transferência ao reino do submundo. Os montes do passado são substituídos por tumbas subterrâneas compostas por uma única grande sala com uma ou mais colunas, nichos e docas de corrida ao redor das paredes. Nesta época também começa a reutilização de túmulos mais antigos.
Dica
- Sugiro que sua visita pela Necrópole de Banditaccia seja guiada.
A Necrópole de Banditaccia
A necrópole de Banditaccia é sítio da UNESCO desde 2004, e é o melhor exemplo da arquitetura funerária etrusca, estendendo-se até o oeste da cidade, em um planalto tufáceo de cerca de 100 hectares. A etimologia do nome Banditaccia remonta ao início dos anos 1900, quando o terreno foi dado em concessão pelo município por meio de licitações, de maneira que as terras proibidas, aos poucos, pudessem ser indicadas com o apelido de “Banditaccia” por não se terem utilidade às necessidades das pastagens e da agricultura.
O núcleo mais antigo é constituído pela zona de “Cava della Pozzolana”, que está ativa desde o século IX. a.C. e abriga importantes cemitérios da era Villanovan. A zona mais conhecida, porém, é a “Zona del Recinto”, a única devidamente equipada para responder às necessidades turísticas e que engloba cerca de 2.000 túmulos numa área total de 10 hectares. Aqui você encontra um roteiro desenvolvido, em 2012, pela Superintendência Arqueológica da Etrúria do Sul, e é muito sugestivo, já que dentro de oito tumbas são projetados vídeos em 3D que recriam o ambiente exatamente como ele era há séculos.
Bom saber…
Não há necessidade de comprar os ingressos com antecedência. Para maiores informações sobre horários de funcionamentos e detalhes das tumbas presentes ali, te sugiro que você acesse o site oficial clicando clicando aqui! – Verifique os horários de funcionamento, pois pode haver alteração de horários sem aviso prévio.
Mapa 02 com as Atrações em Cerveteri
BÔNUS…
Além de história e cultura, Cerveteri e seus arredores nos oferecem inúmeras belezas naturais. Vamos conhecer algumas delas?
A Torre Flavia
A Torre Flavia é uma área pantanosa de grande importância para a proteção das aves migratórias e para a conservação da última faixa do antigo Lácio Maremma. O território desse monumento natural estende-se ao longo da costa, entre Cerveteri e Ladispoli e, em alguns trechos, são separados do mar por uma estreita faixa de areia.
As Cachoeiras Castel Giuliano
Para quem gosta de caminhadas e do contato com a natureza, uma parada obrigatória é no caminho que liga Cerveteri às diversas cachoeiras da região para chegar às cachoeiras de Castel Giuliano. A zona é belíssima, muito tranquila e nos oferece um roteiro realmente muito sugestivo, considerando a natureza exuberante e a grande quantidade de riachos presentes na zona. Outra parte belíssima e pouco conhecida da região são as Cascatas de Cerveteri. Elas estão localizadas ao longo de outro riacho e, ali, você encontra pequenos lagos de banho, em um vale mais fechado em comparação daquele de Castel Giuliano. As quedas não são tão altas, mas nos oferecem um panorama muito bonito!
A história da cidade é uma das mais antigas de toda a Itália:
Segundo estudos de historiadores, Cerveteri aparece em registros históricos em 540 a.C., na batalha do mar da Sardenha. Dizem, porém, que a cidade teria surgido em meados do século IX a.C. e uma averiguação arqueológica constatou, de fato, que a partir deste período já havia uma ocupação estável no local com povoamentos residenciais e necrópoles localizadas nas bordas noroeste e sudeste do planalto tufáceo, bem entre as valas de Manganello, ao norte, e Mola, ao sul; foi aqui que a cidade etrusca se desenvolveu no planalto em tempos históricos.
Os Pelasgians
De acordo com os estudos, a cidade teria sido fundada pelos Pelasgians, uma população mítica de origem grega teria sido batizada de Kaisra (Agylla para os gregos e Caere para os romanos); a cidade teria surgido logo após a evolução dos pequenos assentamentos proto-históricos de Villanovan e também graças ao contato constante com a cultura grega, o que fez com que o comércio tivesse um grande crescimento através dos fenícios. Isso teria ocorrido por volta do século VIII a.C. Tudo contribuiu também para a o crescimento social da cidade, que seguia uma estrutura hierárquica e organizada, chefiada por famílias aristocráticas. Isso está documentado em toda a extensão das áreas funerárias nos planaltos de Banditaccia e Monte Abatone.
O auge de Cerveteri
O auge de Cerveteri deu-se em durante o século VI, quando a economia mercantil prosperou, aumentando também a população e o centro urbano; a consequência disso também foi o crescimento cultural e aumentou o movimento no porto de Pyrgi – onde hoje fica Santa Severa – e seus santuários. Mas, como nem tudo são flores, a partida da década de 70 do século V a.C., a crise atingiu a cidade, especialmente pelos problemas com os gregos. Conforme o tempo passava, a crise aumentava e, assim, a cidade se vê obrigada a estreitar os laços com Roma, a ponto de receber as vestais do império em 390 a.C. durante a invasão dos gauleses; logo a seguir, nas primeiras décadas do século III, o envolvimento na guerra entre Tarquinia e Roma levou Cerveteri a sucumbir e, em 273 a.C. a cidade se tornou totalmente romana.
O período medieval
Durante o período medieval, Cerveteri não passou por grandes mudanças: continuava com seus problemas e, entre os séculos IX e X, foi submetida a um regime opressor, sofrendo retaliação de acontecimentos que envolveram Roma, como a invasão sarracena. Nesse momento da história há registros de abandono da área e isso se agravou no final do século XII quando a cidade foi fundida com a Diocese do Porto: Cerveteri foi brutalmente atingida por uma epidemia de malária e isso obrigou seus habitantes a abandonarem a antiga sede da cidade e se transferirem para a atual aldeia de Ceri. O renascimento da cidade aconteceu novamente somente nos anos 1500, quando Caere Vetus (batizada assim pro se opor à “nova” cidade de Ceri), passou a fazer parte do principado da família Ruspoli, que deixou ali sua marca mais memorável com a aquisição , em 1674, do castelo Orsini (hoje Castello Ruspoli), localizado no coração do centro histórico da atual cidade.
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Conclusão
Bate e volta a partir de Roma: Cerveteri – Cerveteri é o destino ideal para os amantes da história etrusca, da natureza e de uma cidade que, ao longo dos séculos, firmou-se como uma das cidades mais incríveis de toda a Itália. E se você se sentir inseguro ou não tem tempo, e precisa de ajuda para organizar sua viagem, não hesite em me procurar ! Vou adorar ajudar você a realizar sua tão sonhada viagem para a Itália. E como posso fazer isso? Continue lendo esse post até o fim e você entenderá como facilitamos a sua vida e a sua viagem:)
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