Via Francigena: um caminho muito especial na Itália
Historicamente a Via Francigena, ou Vie Francigene, é uma rota que conectava os territórios dominados pelos francos, atualmente territórios da França e Alemanha, até Roma na era medieval. Hoje vamos falar da incrível Via Francigena. Todos prontos? Então, vamos lá! Vamos ao nosso post especial do dia? Via Francigena: um caminho muito especial na Itália. Fique com a gente e faça o melhor do país da bota! Aqui no Viajando para Itália você realiza a viagem dos seus sonhos!!! Conheça também nossa Seção Hospedagens na Itália – Dicas para suas Férias!
Nossa Introdução
Passando por lugares muito especiais, a Via Francigena é uma verdadeira preciosidade! Passa por cinco países (se considerarmos o Vaticano): Inglaterra, França, Suíça e Itália. Por motivos óbvios, hoje vamos falar do trecho italiano da Via Francigena.
Um pouco de história…
Tudo começou com a peregrinação a Roma para a visita do túmulo do apóstolo Pedro, na Idade Média, e o trecho se tornou um dos três trajetos católicos mais importantes junto com a Terra Santa e Santiago de Compostela. Os peregrinos vinham, principalmente, da terra dos francos, na era pós-carolíngia e, ali, começaram a cruzar os Alpes e a entrar na Itália. Os primeiros documentos que mencionam a existência da Via Francigena datam do século IX e referem-se a um trecho de estrada na zona rural de Chiusi, na província de Siena. O nome Via Francigena é ‘oficializado’ pela primeira vez no Actum Clusio, um pergaminho de 876 preservado na Abadia de San Salvatore no Monte Amiata. Ao sul de Roma a Via Francigena é atestada pela primeira vez em Troia, no Privilegium Baiulorum Imperialium de 1024.
A primeira descrição do percurso
Porém, a primeira descrição do percurso remonta ao século X e é o relato do bispo Sigerico, que fez da rota de retorno da peregrinação de Roma, e chegou à cidade para ser recebido pelo Papa (leia aqui como ver o Papa em Roma?). O testemunho de Sigerico representa um dos mais significativos deste trecho, mas não limita as muitas possibilidades de outros caminhos ao redor da Via Francigena. Com o roteiro primitivo, do século X ao século XII, entrava-se no território italiano pelo morro do Gran San Bernardo, de onde se descia para o Vale de Aosta e depois para Ivrea, seguindo para Vercelli.
Mas durante o século XII, outra rota tornou-se predominante: a que entrava na Itália pelo Val di Susa através do Colle del Moncenisio – e às vezes passava também pelo Colle del Monginevro. Esse trajeto era uma alternativa ao desfiladeiro Grande São Bernardo, no Monte Cenis e durante o século XII foi cada vez mais utilizado, também, para transporte de mercadorias que se dirigiam às grandes feiras de Champagne (França), onde a presença de comerciantes italianos tornou-se cada vez mais consistente. A escolha como passagem na zona alpina era frequente na época de Filipe Augusto, tanto que a zona chamada de ‘pré-alpina’ foi considerava a verdadeira estrada para a França, aquela que ligava o país ao Monte Cenis. O trajeto passou a fazer parte da imensa rota de estradas e caminhos que marcavam a Europa de peregrinação e que reunia os grandes locais de espiritualidade da época.
Curiosidade…
- O nome “Francigena” indica o conjunto de rotas da chamada “Terra dos Francos”.
Quantas Vias Francigenas existem?
Há um ditado que diz que ‘todos os caminhos levam a Roma’ e, ironicamente, isso nos dá uma ideia, teoricamente, de quantas vias existem no trajeto. Os itinerários reconstruídos e aprimorados para a peregrinação moderna são chamados de Via Francigena di Sigerico, e foram reconhecidos, em 1994, pelo Conselho da Europa como um itinerário cultural e, dez anos depois, como um Itinerário Cultural. Entre alguns dos caminhos mais importantes, encontramos as Vias de Colle del Monginevro a Vercelli, a Via degli Abati – entre Pavia e Pontremoli – a Via del Volto Santo que fica entre Pontremoli e Lucca e a Via de Buonconvento a Abbadia San Salvatore.
A Via Francigena na atualidade…
A Via Francigena começa bem em frente à Catedral de Canterbury (Inglaterra) e segue ao longo do Pilgrim Way, chegando até a Dover de onde, de balsa ou trem, você atravessa o Canal da Mancha para chegar a Calais. Já na França você passa pelas regiões de Nord-Pa-de-Calais-Picardie, Champagne-Ardenne e Franche-Comtè para então entrar na Suíça e continuar em Vaud, contornando o Lago Genebra e Valais em direção aos Alpes.
Chegando à Itália…
Chegando à Itália, pelo Passo Gran San Bernardo, você segue para deixar o Vale de Aosta, continua pela região de Piemonte e chega à baixa Lombardia. No Rio Pó, com um táxi fluvial, você segue para Emilia Romagna e atravessa os Apeninos descendo do Passo de Cisa. Dali, você atravessa toda a Toscana desde Lunigiana e Chianti até as colinas de Siena, chegando na região da Lazio e descobrindo as belezas de Tuscia, enquanto se dirige para Roma chegando a um dos destinos mais importantes: a Basílica de São Pedro. As cidades italianas mais famosas que a Via Francigena atravessa são: Passo Gran San Bernardo, Aosta , Ivrea, Vercelli, Pavia, Piacenza, Fidenza, Cisa Pass, Sarzana, Massa, Lucca, San Gimignano, Siena, San Quirico d ‘Orcia, Bolsena, Viterbo, Roma , Cidade do Vaticano.
Curiosidade
- A Via Francigena abrange 2.200 quilômetros entres todos os países que passam! Só na Itália são 1.000 quilômetros de via. A Itália é também o país com mais ‘paradas’: são 88 pontos de interesse para os peregrinos que fazem o trajeto. O trajeto, feito de bicicleta, leva em torno de 15 dias para ser completado; se você optar por fazê-lo a pé, o trajeto pode durar até 30 dias!
Vale citar…
Vale citar que depois da ‘redescoberta’ – nos anos 70 – do Caminho de Santiago de Compostela, notou-se também que a Itália poderia utilizar sua própria rota de peregrinação, a Via Francigena. Como a rota espanhola, parte da rota Francigena também ficava parcialmente nas autoestradas e nas estradas estaduais e, ao longo do tempo, foi traçado todo o percurso das estradas principais já utilizadas na Idade Média. Interessante é que muitos peregrinos, após terem percorrido o Caminho de Santiago, queriam seguir para Roma a pé e, de lá, para Jerusalém (utilizando as rotas navais da Puglia); esse ‘movimento’ deu origem a grupos e um deles, os “Amantes da Francigena”, passaram a marcar com tinta e pincel, os caminhos e percursos utilizados.
Foram feitas diversas tentativas de recuperarem a ‘rota original’, porém, por questões de segurança, desviaram-se alguns trechos históricos para que os peregrinos pudessem caminhar sem nenhum problema. Entre as regiões italianas, a Lazio tem sido a mais ativa: em 2016 foi feito um grande investimento na Francigena em termos de recursos e promoção do turismo, divulgando-se uma série de rotas que têm Roma como suporte: especialmente, no trecho norte que vem da Toscana, além daquela do sul, na rota Prenestina que atravessa Palestrina, entra no Vale do Sacco e segue para Anagni – retornando à Via Latina para que se possa ir até Benevento. Ali você encontra a outra rota, a Via Appia.
Recuperando o antigo trecho da Via Francigena…
Na província de Lucca também foram realizadas diversas obras visando recuperar o antigo trecho da Via Francigena; Lucca é um dos destinos de passagem, de partida, mas também de chegada de muitos peregrinos. Com a grande movimentação, foi necessário também adequar as estruturas turísticas para acolher os peregrinos ao longo do percurso. Dessa forma muitas paróquias e instituições religiosas passaram a acolher peregrinos credenciados a caminho de Roma.
A Confraria de San Jacopo di Compostella de Perugia administra dois estabelecimentos de acolhimento espalhadaos pela Via Francigena: um na Toscana em Radicofani, o Spedale di San Pietro e Giacomo; e outro em Roma: o Hospital da Provvidenza di San Giacomo e de San Benedetto Labre, localizado em Testaccio, no centro histórico de Roma, que fica a meio caminho entre a Basílica de São Pedro e São Paulo.
Qual é o melhor período para visitar a Via Francigena?
O caminho da Via Francigena está sempre aberto e é livre para circulação(*). Os melhores meses para explorar esse caminho são os meses de Maio, Junho, Setembro e Outubro, mas é bom saber que cada estação do ano apresenta um panorama diferente e é difícil escolher o mais bonito! Conheça nossa seção sobre o Clima na Itália!
(*) Bom saber…
- O único trecho onde você NÃO PODE passar durante o inverno é o Passo Gran San Bernardo (de Bourg Saint Pierre a Saint Rhemy), que fica fechado do início de outubro aos primeiros dias do mês de junho. Ele fica fechado por causa da neve, que é pesada na região e pode oferecer riscos para quem não conhecer bem a região. Outro ponto crítico no inverno é a passagem dos Apeninos pelo Passo de Cisa. Por isso é sempre aconselhável verificar as condições meteorológicas dos locais por onde pretende passar ANTES de sair do hotel.
Abaixo, segue o mapa italiano por onde passa a Via Francigena do percurso que pode ser feito a pé ou de bicicleta:

Informações Úteis
Para conhecer melhor os trajetos da Via Francigena, você pode acessar o site oficial do projeto clicando aqui; você também pode acessar este outro site (clique aqui) para ter acesso à informações de itinerários, mapas, indicação de onde dormir, como montar a mochila para a viagem e muito mais! É bem completo e vale, MUITO, uma visita!
Dica de Ouro…
- O circuito da Via Francigena oferece também um app. Basta ir na sua loja de app do celular e digitar na busca Via Francigena.
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Conclusão
Via Francigena: um caminho muito especial na Itália Um dos trajetos de peregrinação do mundo passa pela Itália e, pode ter certeza, é inesquecível! E se você se sentir inseguro ou não tem tempo, e precisa de ajuda para organizar sua viagem, não hesite em me procurar ! Vou adorar ajudar você a realizar sua tão sonhada viagem para a Itália. E como posso fazer isso? Continue lendo esse post até o fim e você entenderá como facilitamos a sua vida e a sua viagem:)
O meu post te ajudou? Se sim, não deixe de colocar o seu comentário abaixo, mas se ainda tem dúvida basta deixar o teu comentário abaixo que te respondo, O.K.?
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