Tudo sobre a Galleria Vittorio Emanuele II em Milão
Hoje te levo para descobrir, em detalhes, todas as belezas da belíssima Galleria Vittorio Emanuele II, em Milão. Famosa por ser repleta de lojas de luxo, a construção abriga história, cultura, e muita arte! Vamos saber tudo sobre a Galleria Vittorio Emanuele II em Milão! Fique com a gente e faça o melhor do país da bota! Aqui no Viajando para Itália você realiza a viagem dos seus sonhos!!! Conheça também nossa Seção Hospedagens na Itália – Dicas para suas Férias!
Nossa Introdução
Quando falamos de Milão (Lombardia) logo nos surge em mente alguns icônicos locais turísticos da cidade como o Duomo e seu terraço, o Teatro Alla Scala e, claro, a magnífica Galleria Vittorio Emanuele II, chamada de “a sala de estar da cidade”. Neste post muito especial vamos descobrir todos os seus detalhes, algumas curiosidades e fatos pouco conhecidos pelo grande público. Hoje nosso destino é a Galleria Vittorio Emanuele II em Milão. Você curte shopping? Então leia nosso post: Quais são os melhores shoppings de Milão?
Como tudo começou?
A Galleria Vittorio Emanuele II é esplêndida! Sei que é uma redundância dizer isso, porém, é fato inegável. Essa galeria é considerada a “mãe” de todas as galerias italianas, além de ser considerada o primeiro shopping center da península Itália.
Tudo começou em 1800, tendo forte influência e inspiração nas tradicionais galerias parisienses, que serviam como “corta caminho” entre um ponto e outro da cidade, abrigando lojas, cafés e outras facilidades, como restaurantes.
A história conta que Carlo Cattaneo, em 1839, teve a ideia de fazer uma espécie de corredor entre o Duomo de Milão e o histórico Teatro alla Scala, no entanto a ideia só saiu do papel em 1860 , quando, finalmente, foram assinados três decretos com autorização para o início das obras.
O início das obras foi em 1863 após detalhada análise realizada por uma comissão. A ideia vencedora foi a do arquiteto Giuseppe Mengoni e o projeto agradou, pois era elegante, amplo, e desempenharia muito bem sua função, a de ligar dois importantes pontos da cidade.
A estrutura da Galleria Vittorio Emanuele II
O prédio foi construído seguindo uma plante com estrutura reticular e os materiais utilizados eram resistentes, mas ao mesmo tempo elegantes: eles utilizaram ferro e vidro aramado para cobrir a “rua de pedestres”.
Com pouco menos de 100 estabelecimentos, eles foram distribuídos em planta transversal, com braços laterais de igual largura: 14,50 metros de comprimento, porém com diferentes comprimentos: de um lado temos 105,10 metros, enquanto do outro temos 196,60 metros.
CURIOSIDADE:
Você sabe quanto custou para construir a Galleria Vittorio Emanuele II? Bom, na época em que foi erguida a moeda corrente na Itália era a Lira, e a construção custou por volta das 30 milhões de Liras italianas. Atualmente, se fizermos a conversão para a moeda corrente atual, ou seja, o Euro, a Galleria custaria, aproximadamente, 120 milhões de euros para ser erguida – convertendo em reais, cerca de 670 milhões de reais.
Os braços laterais possuem representações de diversos setores que fazem parte da cultura lombarda:
- A ciência;
- A indústria;
- A arte;
- E a agricultura.
O octógono central tem 36,60 metros de diâmetro e uma altura que alcança 12,15 metros acima da imposta do arco, totalizando – do solo até o topo – um total de 47,08 metros. A junção dos quatro lados, no topo do arco central, ou seja, na cúpula, é formado por quatro blocos com pé-direito de 29,30 metros de altura e um pátio fechado, que delimitam o terreno e a altura dos braços da Galeria.
CURIOSIDADE
Para a construção da cúpula foram utilizadas 353 toneladas de ferro e 7 milhões e 850 mil metros quadrados de chapas de vidro listrado!
Suas paredes perimetrais são cobertas com decorações belíssimas dos anos 800, e apresenta aos visitantes belas imagens feitas em grafite, estuque e imitação de mármore. A área total da galeria é de 20.000 metros quadrados e o nome do local é uma homenagem ao rei italiano Vittorio Emanuele II, que foi o responsável, inclusive, por posicionar a primeira pedra da construção dessa obra prima, em 7 de março de 1865. Saiba aqui: Como usar o transporte público em Milão?
A segunda metade do século XIX em Milão
Esse foi um período muito importante para a capital lombarda! Milão olhava com carinho para grandes capitais europeias, como Paris e Londres, em busca de inspiração para se transformar em um centro cultural e urbanizado, mas sem perder a elegância e funcionalidade de suas construções.
Os italianos, de certa forma, se sentiam um pouco “atrasados” em relação ao resto do mundo no âmbito da revolução industrial, pois a indústria – se formos comparar com outras cidades europeias – demorou a chegar à península.
Os próprios italianos de comparavam com as poderosas (e já bem desenvolvidas) Inglaterra e França e, por isso, decidiram “modernizar” algumas coisas.
As obras da arte da Galleria Vittorio Emanuele II e seu estilo arquitetônico
A Galleria vai além e nos apresenta verdadeiras obras de arte em seu interior. No seu piso, por exemplo, ao centro é possível ver o brasão da Casa de Saboia, todo feito em um impecável mosaico.
Nas suas laterais, também encontramos mosaicos com os signos do zodíaco, e é onde estão representados os brasões das quatro cidades que, em diferentes épocas, foram capitais do Reino da Itália: nesta ordem temos Milão (na Era Napoleão), Turim, Florença e, finalmente, Roma (com o Savoia).
Nas lunetas ao redor da abóbada chamadas de octógono, podemos ver representados os quatro continentes reconhecidos oficialmente (*) naquele período: Europa, América, Ásia e África.
(*) A Oceania já era conhecida naquele período, porém ficou de fora da representação artística na Galleria por “falta de espaço”.
Elas medem 15 metros de largura e 7 de altura e eis como estão representados os continentes em pintura:
- Europa: uma mulher que veste roupas antigas e é protegida por um homem alado que segura um louro. A obra é de Ângelo Pietrasanta.
- América: uma mulher sendo caçada por um indígena e outros afro-americanos. Obra de Raffaele Casnedi
- Ásia: uma mulher sentada em um trono sendo presenteada por figuras com feições asiáticas. Obra de Bartolomeo Giuliano
- África: uma mulher vestida com roupas egípcias, rodeada por um leão e um homem negro. Obra de Eleutério Pagliano.
A decoração das lunetas das entradas E (est – leste) e O (ovest – oeste) é completada por algumas representações alegóricas elegantes e bem interessantes. O estilo arquitetônico da Galleria é neorrenascentista e é, até hoje, um dos maiores exemplos da arquitetura do ferro em todo o mundo.
A entrada da Galleria Vittorio Emanuele é um grande arco triunfal que se ergue majestosamente ao lado da Catedral de Milão; ostenta também a escrita “A Vittorio Emanuele II. I Milanesi“, para lembrar a quem a Galeria é, de fato, dedicada.
A Galleria Vittorio Emanuele II durante a Segunda Guerra Mundial
“Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra!” – pois bem, esse é um ditado que não pode ser usado para este local! Não à toa, durante a Segunda Guerra Mundial, a Galleria foi fortemente bombardeada, em agosto de 1943.
Os estragos foram imensos e as potências dos ataques foram suficientes para destruir completamente o teto e danificar parte da estrutura de aço utilizada para sua construção. A Galleria foi restaurada e reinaugurada em 1955, juntamente com o Teatro alla Scala.
CURIOSIDADE
Os mosaicos presentes no chão da galeria são constantemente restaurados, pois o imenso fluxo de pessoas os danifica com certa frequência.
Locais históricos da Galleria Vittorio Emanuele II em Milão
A Galleria abriga, evidentemente, locais históricos da cidade. Atualmente o local conta com 4 estabelecimentos que estão ali desde sua abertura ao público: o Restaurante Savini, o Café Camparino, a Livraria Bocca e o Café Biffi. Todos funcionam desde 1867.
A tradição do touro da Galleria Vittorio Emanuele II em Milão
Bom, essa é uma tradição já bem conhecida dos turistas e repetida diariamente por quem visita o local, mesmo que pela décima vez – afinal voltar a Milão nunca é uma má ideia, não é mesmo?!
No chão do octógono central da galeria há um enorme mosaico que mostra o símbolo heráldico dos Savoia – a família real italiana: é a imagem de um touro e de acordo com a tradição você terá sorte e voltará para Milão de rodar pé direito e os olhos fechados nos testículos do desenho. E tem um PLUS: se você fizer esse pequeno “ritual” no dia 31 de dezembro, meia noite: terá sorte o ano todo!
Ah, e não se preocupe para encontrar o desenho: é muito comum ver uma pequena “comitiva” ali todos os dias, em praticamente todos os horários, esperando a sua vez de realizar a tradição.
Algumas curiosidades e dúvidas…
Algumas curiosidades e dúvidas comuns sobre a Galleria Vittorio Emanuele II em Milão:
O Rattin (o Ratinho)
Uma das perguntas mais frequentes é: como a Galleria era iluminada antigamente? Bom, a tarefa não era fácil, como vocês podem imaginar! Até porque a primeira usina de energia só chegou a Milão em 1883. A Galeria foi, portanto, era iluminada a gás, com uma série de candelabros de chama colocados na base da cúpula.
Para acender todas aquelas chamas, que eram colocadas a mais de 30 metros de altura, foi construído um trilho que percorre toda a base da cúpula e acima dele uma espécie de trenzinho, com uma ponta incendiada que acendia todos os bicos enquanto passava pelos pavios.
O trenzinho foi carinhosamente batizado pelos milaneses de “rattin”, isto é, o ratinho, que com sua cauda de fogo iluminava toda a Galeria. A iluminação do local logo se tornou um verdadeiro espetáculo, tanto que era anunciado com assobios.
O primeiro shopping da Itália
A Galleria Vittorio Emanuele II foi, oficialmente, o primeiro estabelecimento a ser chamado de Centro Comercial – Shopping – na Itália e, claro, inspirou tantos outros.
O nome das lojas
A Galleria possui uma regra clara: os nomes de todos os estabelecimentos dali devem ser escritos, obrigatoriamente, em letras douradas, padronizadas, num fundo preto.
Quantos andares têm a Galleria Vittorio Emanuele II?
A Galleria possui três andares.
A tragédia na véspera de sua inauguração
Seu criador Giuseppe Mengoni não pôde assistir à inauguração oficial porque ele morreu ao cair de um andaime em frente ao local durante uma de suas inspeções finais, no dia 30 de dezembro de 1877. Para alguns foi um acidente, para outros, suicídio, pois a obra estava sendo muito criticada por alguns italianos que não se conformavam com a inspiração francesa e, dizem, ele não teria suportado as críticas.
A Galleria inspira outras obras
A monumental galeria de Milão inspirou outras obras e, uma delas, é a igualmente bela Galleria Umberto I, em Nápoles, erguida entre 1887 e 1890 pelo arquiteto Emmanuele Rocco com o objetivo de restaurar um bairro da cidade napolitana que era conhecido por suas tabernas sombrias e casas de má reputação. Essa galeria, claro, se tornou a “sala de estar de Nápoles” e é muito parecida com a “irmã milanesa”.
Dica de ouro:
- Quer comer um docinho muito especial? Dentro da Galleria fica a histórica Pasticceria Marchesi. Fundada em 1824 pela família Marchesi, o local não era apenas uma confeitaria de alta qualidade, mas também um café charmoso e estava se tornando um dos lugares mais sugestivos de Milão. Para dar uma olhadinha nas delícias que você encontra ali, clique aqui!
Quer se hospedar dentro da Galleria Vittorio Emanuele II?
É possível! E há um hotel muito especial por ali: o Galleria Vik Milano. O hotel fica dentro da Galleria e oferece um conceito super interessante em seus quartos de luxo com varanda e tecnologia de ponta. O conceito principal do Galleria Vik Milano é promover a arte e, no lugar da TV no quarto, você encontra quadros! A propriedade também abriga a famosa exposição sobre Leonardo da Vinci.
Para fazer sua reserva, ou saber mais sobre o local, clique aqui!
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Conclusão
Tudo sobre a Galleria Vittorio Emanuele II em Milão. Milão é um esplendor e, claro, deveria ter também algo de sua magnitude e beleza, como a Galleria Vittorio Emanuele II, que é um lugar que vai além de lojas de luxo como pudemos ver no post.
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